domingo, 3 de novembro de 2013

Sem tesão não há solução!

Bom, estava aqui pensando que o que move um relacionamento (desses de casal) é o tesão e não o amor.

Outro dia estava lendo o blog do Gustavo Gitti, e ele tem três posts que refletem sobre porque não casar por amor. Os posts chamam: Casar por amor é uma péssima ideia! E tem a parte 1, 2 e parte 3.
Alguma coisa dita ali ficou no meu inconsciente pois acordei hoje pensando sobre isso: o tesão move montanhas. O amor, bom o amor também, mas...
Pense num grande amor, o maior amor, talvez um amor pela sua mãe. É um amor gigante, mas nem por isso faz você querer morar junto com ela.
Muita gente casa por carência e porque não consegue viver sozinho, mas aqui estou pensando nas pessoas que fogem desse perfil, gostam sim de ficar sozinhos, ficam bem, mas decidem se casar, porque?
O que faz você querer morar junto com alguém? Bom, pode ser para dividir contas, para fazer e ter companhia, para realizar algum grande projeto feito em conjunto e que para ele acontecer faça muita diferença estarem morando sobre a mesma casa. Qual seria? Um obvio é ter filhos. Mas casar somente para procriar é triste hoje em dia, até porque o pacote que acompanha o morar juntos, se não for bem administrado pode prejudicar tudo, inclusive os tais filhos. Quais outros? Das pessoas que conheço que dividem casas e não se enquadram no perfil das que não conseguem viver sozinhas e nem que precisam de alguém para dividir contas, eu só conheço um ou outro que são meio hippies e acreditam muito que a convivência coletiva é revolucionaria e que apesar do desafio que é,  precisamos disso como sociedade, aprender a partilhar, plantar e colher juntos.
Não julgo essas pessoas, e acho super válido como exercício de coletividade. Só tenho uma opinião um pouco diferente, acho que valores coletivos são sim o que temos de mais revolucionário e vivo isso cotidianamente no trabalho que escolhi para minha vida, mas também acho que boas coletividades se fazem de bons indivíduos. Juntando um bando de idiotas não fazemos bons valores coletivos.  Então a coletividade por si só para mim não significa nada.

Ah, mas eu queria era falar sobre tesão, essa coisa maravilhosa que move montanhas.
Porque acho que é isso, o tesão é uma energia forte, que anima, que dá vontade de fazer mil coisas e quando é tesão por uma pessoa dá vontade de avançar sobre ela, num bom sentido.
Quando o tesão é por um namorado, namorada, dá mesmo vontade de ficar um monte com ela, ele, apertar, morder, comer, lamber, beijar.
Mas o tesão é uma coisinha delicada, que se forma de um conjunto de outras, e a gente tem que prestar atenção e cuidar muito bem dele, se não aos poucos ele vai diminuindo, indo embora e aí, sem tesão não há solução. Quantos casais vivem infelizes em casamentos apesar de se amarem? E quantos casais vivem infelizes apesar de sentirem muito tesão um pelo outro? Pra mim isso não existe, tesão e felicidade caminham juntos e se disser que existe sim casais infelizes mas que morrem de tesão um pelo outro eu tendo achar que se trata de uma relação doentia, algo meio bizarro.

E como fazer para cuidar do tesão?
Eu comecei a pensar na minha própria lista, e é muito gostoso listar as coisas que te dão tesão! Recomendo! Só de pensar dá uma animação, um reencantamento pela vida e vontade de trazer para o cotidiano tudo isso que está na lista.
E agora tenho mais claro para mim que um namoro, casamento ao algo do tipo deve ser muito mais um pacto de nutrir o tesão do outro do que qualquer outra coisa.
Vou confessar que tudo isso, toda essa reflexão, começou num dia que percebi um acontecimento que estava prejudicando meu tesão pelo meu namorado. Não estamos há muito tempo juntos e foi a primeira vez que senti nitidamente que algo estava mexendo comigo de uma forma que meu tesão por ele mudaria. Fiquei triste a beça. Queria que todo tesão fosse eterno e sempre inabalável. Mas não é.

Lembrei do Chico em Mil Perdões, desculpo-te por te traíres... Isso não tem a ver com a letra daquela música mas tem a ver com o recado dado. Então minha vontade era de dizer: Alerta! Meu amor não faça isso, preste atenção e vamos cuidar do nosso tesão!
Não se pode relaxar quanto a isso, o outro não é fonte absoluta e infinita de tesão como pode parecer num momento de descontrolada paixão de início de relacionamento. Tesão se faz no dia a dia, na logística da vida.
E como passar o recado..? Acho que depende muito do caso, as vezes dá para simplesmente “contar” ao outro algo que lhe parece importante, e se o outro se identificar ótimo! Mas nem sempre é assim e para maioria dos casos outras linguagens surtem mais efeito. Sim, precisa de estratégias...
A todo o momento é importante ponderar sobre pequenos abusos, esperar do outro o que se espera de sí mesmo ou da vida, não confundir carências! Corriqueiramente os sentimentos relacionados a acontecimentos do cotidiano lançam filtros sobre a relação: Estou feliz, entusiasmada, sentindo tesão pela vida e penso nele com tesão, com vontade de partilhar novidades, de encontrar, beijar, rir juntos. Ou, estou triste, enfrentando dificuldades com alguma meta, me sentindo “pra baixo” e começo a ver problemas também na nossa relação com óticas mais pessimistas... Isso é um perigo! Tesão também se faz na mente.

Assim, o melhor que posso fazer é cuidar da minha felicidade e com certeza também da felicidade do meu companheiro. Acho que esse é o pacto subliminar, movido pelo desejo de felicidade e prazer de ambos. Então não “espero” que ele sinta tesão por mim e sinta prazer comigo, “ajo” para que ele sinta tesão e prazer comigo. Isso exige atenção e dedicação. Tudo isso com uma combinação boa de dois indivíduos, que apreciem a felicidade com boas pitadas sexuais e de humor.
Humor, sexo, felicidade e tesão, tem inter-relação intima. Divagações sobre essa inter-relação vão ficar para um próximo texto.

(14 de maio -3 de novembro de 2013)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

para guardar na memória

Daqui a pouco faz um ano que me mudei enfim dessa cidade que nasci, São Paulo.
Hoje em dia quando me perguntam "de onde eu sou" e respondo São Paulo, sinto um certo desconforto em dizer. Piração da minha cabeça, lógico. Fico pensando em que a pessoa pensa a partir da minha resposta.

Eu desejo, do fundo da minha alma, pensar menos no que as pessoas pensam. Não sei de onde veio isso em mim, me colocar sempre num terceiro lugar onde observo o que falo e o que a pessoa fala, analisando tanto esse fenômeno "conversar", como se eu também fosse espectadora de mim mesma.
Quero pensar menos me vendo de fora, e quero ser mais o meu dentro, naturalmente, sem tantas analises.

Bom, mas o fato é que essa semana tive uma sensação mais forte de que enfim, cheguei.
Deve ser decorrente da mudança para a casa nova, um apartamento vazio, onde tudo está começando do zero. Não tem moveis, as minha coisas, roupas, comidas, livros, louças, plantas, estão todas espalhadas pelo chão. Minha mesa é uma caixa de papelão, minha cama um sleeping e as roupas são lavadas na mão.
E sinto que não preciso de muitas coisas.
Ontem sai para fazer compras de mercado e algumas coisas de casa de material de construção. Passei também num mercadinho para trocar uma peça que comprei que serve para fechar cano de água, e que não serviu. Quando comprei fiquei um tempão conversando com o dono do mercado, um chileno sério de uns 50 anos, sobre qual a peça que eu precisava para fechar o cano da cozinha. Quando voltei, ele não estava e sim sua esposa que iniciou a conversa de forma ríspida porque não queria trocar a peça apesar do marido ter combinado comigo que se não servisse eu poderia trocar. Mas não sei o que fez a dureza de pedra daquela mulher se dissolver em tão poucos minutos, que logo depois estava conversando comigo sobre peças que normalmente só homens conversam e entendem, me mostrando canos da casa dela (aqui é ainda bem comum as pessoas morarem em cima ou ao lado ou ao fundo da sua loja) e ficamos analisando juntas, sem muito conhecimento do assunto, qual era a peça que eu precisava. Terminou com ela fazendo questão de me devolver o dinheiro da peça errada, três reais e sessenta centavos, e curiosa para saber qual era a peça certa. Me falou para depois contar para ela qual era a peça quando eu descobrisse...!?
Depois disso eu ainda precisava achar a tal peça, comprar sabão para lavar louça, roupa e algumas comidas. E quando cheguei na próxima loja percebi que tinha esquecido minha carteira em casa. Fiquei com raiva de mim mesma, mas depois lembrei que tinha três reais e sessenta centavos devolvidos e resolvi ser criativa. Voltei para casa com a peça que precisava, um abridor de vinho, um sabão de coco e um miojo.
Jantei miojo feito no microondas... Não foi tão ruim.

E hoje, sai de bicicleta logo cedo, passeio na beira mar, dia lindo, montanhas, mar brilhante com reflexos do sol à caminho da Integrale para tomar café da manhã e também procurar um fogão e maquina de lavar usados para comprar.
Delícia, encontrei uma linda amiga de Ubatuba, foi super gostoso tomar café da manhã com ela e ainda peguei dicas de lugares de coisas usadas para procurar as coisas mais urgentes para minha casa: fogão, maquina de lavar roupas e uma mesa.
Faz algumas semanas que ando inquieta, bem mais do que costumo ser, com a desnecessidade de coisas novas. A obsolência programada, consumismo, geração de lixo.
Não dá mais para fingir que o problema não existe. O descarte de lixo é uma ilusão da sociedade. Voltei a sofrer com cada saquinho plástico de embalagem de algo que consumo. Vontade de não tirar mais o lixo de casa para ter claro que sou responsável por cada uma das coisas que consumo. Saber o tamanho do meu lixo, ter noção do espaço que ocupo, que degrado, que impacto.
Preciso urgente de um minhocário, e mudar minha alimentação de forma que o que eu consuma tenha menos embalagens...

Nossa, como enrolo para falar as coisas que quero, só agora cheguei no assunto do meu relato!

Tem um bairro em Ubatuba que chama Estufa. Lá a população é bem mais pobre e se vê uma Ubatuba mais escondida e também mais real.

Nesse bairro tem muitos ferros velhos, oficinas de conserto de bicicletas, pranchas de surf, moveis e eletrodomésticos.
Quando eu olhava uns fogões na calçada, um homem, quase senhor, jeito de pescador, que passava a toa de bicicleta me perguntou o que eu estava procurando e que se era fogão tinha um "brechó" com fogões melhores. Subi na bici e fomos em direção ao lugar. No meio do caminho ele me perguntou se eu queria comprar um fogão dele, que vendia por cem reais.
Fiquei na dúvida, e ele me convenceu a ir olhar o fogão que ele tinha na casa dele.
Pedalamos uns quinze minutos para chegar na casa dele. Fomos conversando o caminho todo sobre Ubatuba, eletrodomésticos, alugueis, fogões... Em um momento percebi que podia estar sendo inocente, o que eu estava fazendo, indo para a casa de um cara que nem conheço que não sei o que pode fazer comigo..?! Segundos depois que pensei nisso ele me perguntou se eu era casada e mais que depressa respondi que era noiva! Ficou aquele dilema dentro de mim, o homem era tão simples, tão legal, mas será...que...
Resolvi dar um crédito a minha intuição de que não tinha problema, que ele só queria mesmo me mostrar o fogão dele. E fiquei tranquila ao chegar na vila que morava, várias pessoas e vizinhos na rua cumprimentando...ok, sem problemas.
Ele já tinha me dito que o fogão dele era bem antigo, mas muito bom! Desses que não se fazem mais hoje em dia e duram a vida toda. Ele disse e eu concordei, coisas antigas duram mais...

O fogão dele. É o fogão mais bonito que já ví na minha vida! Engraçado achar um fogão, coisa bonita. Mas era, lindo mesmo! Antigo, desses esmaltados, em estado impecável, branco e azul. Adoro coisas brancas e azuis!
Fiquei impressionada quando ví, acho que ele percebeu, e já imaginei que lindo ele ficaria na minha cozinha nova.
Ficamos uns dois minutos olhando e conversando sobre o fogão e eu comecei a pensar que ele não deveria se desfazer de um fogão daquele...
E ele falava com orgulho e no fim também com carinho sobre o fogão, porque o fogão faz parte do dia a dia de forma funcional e pouco perceptível, é só uma "coisa", geralmente nada bonita, mas que no fim é importante sim, compõe aquela coisa aconchegante de cozinha e toda sua alquimia.
Aí que falei: Gostei muito do fogão, mas você não vai se arrepender de me vender?
Ele respondeu: Sim! - amoleceu e riu de leve.
E eu, fiquei emocionada...

Gente! Como um fato desse pode ser emocionante? Que carência é essa que vivemos como seres humanos?

E por outro lado, que espécie de negociante eu sou? Onde está meu sangue árabe?

Eu sabia que eu podia fechar o negócio na hora, não deixar mais ele pensar, pagar e levar o fogão lindo.
Mas propus de voltar daqui três dias, deixar ele pensar e decidir se queria mesmo me vender o fogão. Ele gostou da proposta, acho que se impressionou também com essa coisa que aconteceu e a dúvida que ele teve e que eu percebi e respeitei, sobre algo tão aparentemente simples, quase bobo.

Voltei para casa pela beira mar pensando mais um pouco em que espécie de ser humano sou, por essa e tantas outras coisas que compõe caraminholas da minha cabeça.

domingo, 18 de agosto de 2013

passagem

Natureza dentro
Natureza fora
dentro
fora
malas
poemas
e vou me embora

sábado, 17 de agosto de 2013

Mami,
estou me mudando de novo. Não sei se te avisei...
Estou levando algumas caixas e vou fazer a faxina de entrada no apê novo.
Fica lá no Itaguá, na rua da livraria Nobel perto da cooperativa.
Espero que você me ache, e esses passarinhos lindos daqui da casa vermelha também.
bjs
Li

segunda-feira, 29 de julho de 2013

texto para jogar fora

Hoje te amei tanto que sofri antecipadamente exageradamente

Por todos os beijos que quiz
Pelo êxtase desse momento
Pelo seu calor dormindo comigo
Por estar tão dentro de mim, que meu corpo pede e me perco em desejo

Sofri pela felicidade do nosso encontro e todos os desencontros que podem nos esperar
De ciúme de todas as mulheres que amou e das que ainda vai amar
Pelo acalento do seu filho que tenho vontade de abraçar
De desespero por toda a saudade que sinto, e que vai sempre nos acompanhar
De todo nosso amor vivido que um dia pode acabar

Porque quero eterno
eterno
e isso só posso desejar

sábado, 27 de julho de 2013

poesia para jogar fora

fotos, escritos, recordações
pratos, apetites e frustrações
uma fita guardada
um armário embutido
uma mala sem alça

poeiras de passado
flores secas entre papel de pão
tudo que eu não
ela sim
tudo que sim no atual não

procurando coisas em lugares errados
terríveis distrações

ênfases no drama
espécie de tortura
curiosidade que mata
metadrama



segunda-feira, 15 de julho de 2013

Oceano

No porto se faz mar
se mais
se cais
mar por to do mundo
mar por toda vida

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Conserva de aspargos

Só eu me impressiono com um vidro de aspargos brancos que vão durar até dezembro de 2015?

No pote transparente estão eles, de pé, apertadinhos, metodicamente infileirados. Umas cabeças mais pra cá outras mais pra lá, imoveis.
Com ou sem vida?
Conserva.
Conserva comporta uma vida?
Agora quero saber se vou comer aspargos vivos ou mortos.
Mortos, claro, morreram depois de serem cortados (eles são plantas!, e já foram meio verdes), depois cozidos (?) e depois mergulharam em conserva: Água e Sal. Contém ácido cítrico (limão) acidulante (que deixa mais ácido).
Então o acido conserva a vida, ou melhor, a morte, aspargos mortos para serem comidos por alguém vivo.
Mas até 2015?!?
Até lá posso mudar de cidade, levar eles junto, casar, comer com meu marido, ter filhos, se não demorar até eles podem comer, o primeiro aspargo de suas vidas, que nasceu e morreu antes deles!
Posso morrer também até lá.
Esses aspargos vão durar mais que algumas vidas de gentes.
"Aqui jaz uma jovem nada conservada, que cultivou muitas coisas mas morreu jovem e antes de comer seus aspargos."

Vou tratar de come-los logo antes que eles me comam, mas antes preciso pensar sobre a viagem espacial desses aspargos, falei de sua vida e morte mas ainda não da sua identidade e emigração.
Esses são do Peru, imagina...
Carregados dessa forma enfileirados de tão longe, devem ter viajado de avião ou navio...dormiram algumas noites em depósitos...passaram na imigração...ou não, viajaram como clandestinos mesmo, vai saber.

Poderia pegar esse vidro e lançar no mar como aquelas garrafinhas com mensagem que vão parar em outro continente e que revelam coisas inusitadas. Certeza que chegariam a algum lugar antes de 2015!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

encaixotamento

tudo se encaixa

eu encaixo
tu encaixas
ele encaixa
nós encaixamos
vós ninguém fala

eu em cachos
tu em caixas
ele em caixa
nós encaixamos
vos ninguém fala

caixas de papelão
gramática dura
gramatura fina

(setembro 2012)

nosso amor não começa e não termina em reticencias

nosso amor não começa e não termina em reticencias
um livro não começado
um desvio de caminho
uma surpresa para o almoço
muitos bons dias
muitas noites boas

tempo que passa e se atrasa
o meio da noite, o meio do corpo, o meio da boca, o meio da palavra
no meio da manha do dia que seria o que não foi
e foi quase tudo

a forma da lona, a forma da graça, a forma da inocência, a forma da fuga
uma profundidade extrema
uma leveza didática

uma mão com flores e espinhos
um sol com muito vento
uma noite muito quente

tropeço dentro e caio fora
tempo eterno até o próximo instante

(algum tempo perdido em 2012)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sedução e mistério


Conheci um moço menos previsível que o mar...
Aparece sem avisar e se vai num galope razante, ninguém sabe onde ele anda, ninguém sabe quando volta. Marca seus passos de independência, alguns traços de carência e a presente possibilidade de nunca mais se ouvir falar.
Há certa sedução no mistério

Mistério, oculto?
Ocultar para se preservar
Por um não compromisso
Por estar indiferente, recluso, indeciso, distraído, absorvido, confuso.
Se fazer ausente,
Independente
Livre

 “Livre é o estado daquele que tem liberdade. Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.”

(25 de dezembro de 2011)